Campanhas no mês de setembro

Campanhas Setembro Verde, Setembro Amarelo, Setembro Azul e Setembro Dourado tratam de assuntos pouco abordados na sociedade

No mês de Setembro, as cores da bandeira brasileira serve como base para diversas campanhas de conscientização. Nessas campanhas são abordados assuntos que, muitas vezes, ficam esquecidos ou são pouco abordados em nosso dia a dia.

As campanhas Setembro VerdeSetembro Amarelo e Setembro Azul têm como objetivo, respectivamente, incentivar a doação de órgãos, prevenir casos de suicídio e tratar da importância da inclusão de pessoas com deficiência auditiva.

Para dar um “brilho” especial, a campanha Setembro Dourado vem para alertar prevenção e diagnóstico do câncer infanto-juvenil. Conheça cada uma delas.

Setembro Verde

O Dia Nacional da Doação de Órgãos é comemorado em 27 de setembro. E, em alusão a data, o mês entrou para o calendário do Sistema Único de Saúde (SUS)  com o chamado Setembro Verde.

Durante o período, o Instituto Doutor José Frota (IJF), integrado à rede de assistência em saúde da Prefeitura de Fortaleza, por meio de sua Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT/IJF), promove atividades para a conscientização e sensibilização sobre a importância da solidariedade, essencial para a reabilitação e qualidade de vida de crianças, idosos e adultos que estão nas filas de espera por um coração, fígado, pulmão, rim ou córnea, por exemplo.

Referência no país

A CIHDOTT do IJF é referência em todo o País pelo sucesso do processo de busca ativa por potenciais doadores e de acolhimento das famílias. As quais são comunicadas sobre a possibilidade do transplante de órgãos de seus parentes.

Graças ao atendimento humanizado e a colaboração de vários profissionais, o IJF tem conseguido atingir um índice de aceitação de 75% nas entrevistas realizadas. Sendo a média nacional de 54%. A qualidade do serviço, que tem grande impacto na redução expressiva das filas por transplante do Ceará, é modelo para profissionais de todo o Brasil. Muitos desses profissionais vem a Fortaleza para aprender o método aplicado pela equipe do hospital.

Durante a programação de atividades do Setembro Verde, além de palestras em unidades de saúde, empresas, instituições de ensino e organizações sociais, a Prefeitura de Fortaleza realiza a 6ª Edição do Encontro das Famílias Doadoras do IJF.

O evento tem como objetivo celebrar a vida, reunindo os diversos atores envolvidos no processo de transplante. Conta com a participação de pais, mães, filhos e filhas de doadores. Também há a participação de pacientes transplantados, profissionais de diversas áreas e representantes de instituições que colaboram com a promoção e efetivação da doação de órgãos e tecidos no Estado. A cerimônia também é de grande importância para a divulgação e reflexão sobre as etapas do protocolo de transplante, tanto nos âmbitos técnicos e científicos como humano e social, tendo em vista que a doação só ocorre com a autorização familiar, sendo muito importante que as pessoas discutam e comuniquem a intenção de doar aos seus parentes.

Fonte: Prefeitura de Fortaleza

Setembro Amarelo

O objetivo desta campanha é conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao suicídio.

Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema de saúde pública, o suicídio é o responsável por 1 morte a cada 40 segundos no mundo e atinge mais de  800 mil pessoas por ano. Para cada suicídio, há um número maior de pessoas que fazem tentativas a cada ano. Ainda segundo a OMS essa é também a principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

O mês de setembro foi escolhido como o mês de combate ao suicídio pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pelo Conselho Federal de Medicina. Em Fortaleza, a campanha Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV) em parceria com diversas instituições. Que tem como objetivo de convidar a sociedade a perceber que o assunto “suicídio” não pode mais ser considerado um tabu e precisa ser dialogado.

30 anos no Ceará

Com a missão de prevenção e prestar apoio às vítimas, o CVV é uma instituição sem fins lucrativos criado há 30 anos no Ceará e que já funciona há mais de meio século em todo o país.

Apesar de ser uma instituição em atividade no estado há três décadas, o órgão ainda é pouco conhecido pela população e funciona de forma totalmente voluntária.

Segundo o voluntário do Centro, Henrique Alves, atualmente são 43 voluntários que se revezam em plantões de quatro horas. Eles ficam disponíveis durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, para atender as ligações de quem muitas vezes só precisam desabafar.

Simples perguntas como um “posso te ajudar?” ou “como vai você?” podem, sim, fazer a diferença na vida de uma pessoa que esteja passando por problemas. Em 55 anos de existência no país, o Centro de Valorização da Vida atende e oferece apoio emocional por meio de telefonemas e presencialmente.

Um dos voluntários do CVV afirma que algumas atitudes comportamentais podem indicar um possível comportamento suicida. Por exemplo, um jovem que costumava ser ativo muda de comportamento sem razão aparente e se torna mais calado e fechado. No Ceará são realizados cerca de 1200 a 1500 telefonemas mensalmente.

“Os voluntários são pessoas comuns que buscam ser úteis a alguém, que se solidariza com a dor do outro”, afirma Henrique. Para ser um voluntário, é necessário possuir mais de 18 anos e participar do curso de formação que acontece a cada início de semestre.

Atividades na campanha

Ao longo do mês de setembro, serão realizadas palestras em colégios, universidades e empresas sobre a importância do setembro amarelo. Segundo o voluntário do CVV, Henrique Alves, a organização pretende ampliar ações que já foram sucesso em 2016. Entre elas, iluminar com a cor amarela pontos turísticos e importantes da capital como o estádio Castelão, a 10ª Região Militar e a Catedral Metropolitana com a finalidade de chamar a atenção da sociedade para esse assunto. A organização da campanha informou que em breve a programação de palestras será divulgada.

SERVIÇO:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Atendimentos: Online (chat e skype): http://www.cvv.org.br/

Telefone: 141

Presencial: Rua Ministro Joaquim Bastos, 806 – Bairro de Fátima
(segunda a segunda, de 8 as 17 horas)

fonte: O Povo online

Setembro Azul

O mês de setembro possui datas marcantes para a comunidade dos surdos. Nos dias 6 e 11 é recordado o Congresso de Milão. Que ocorreu em 1980 e proibiu o uso das línguas de sinais na educação dos surdos. Um marco triste para eles.

Além disso, no dia 10 é comemorado o Dia Mundial da Língua de Sinais. No dia 26 é celebrado o Dia Nacional do Surdo, pois no ano de 1857 foi fundada a primeira escola voltada para esse público no Brasil e, no dia 30, esta data é celebrada mundialmente.

Por esses motivos, o mês foi escolhido para colocar em prática a campanha Setembro Azul. Um movimento mundial que visa conscientizar as pessoas ouvintes sobre as especifidades da pessoa surda.

De acordo com a analista da Coordenação de Orientação e Desenvolvimento Educacional (CODE) da Faesa Cláudia Freitas, a ideia é oportunizar o conhecimento sobre a cultura surda. “Acreditamos que a informação é importante para romper o preconceito e medo de conviver com as diferenças”, disse.

 

Confira alguns mitos e verdades sobre a cultura surda:

A Libras é universal

A LIBRAS é a língua Brasileira de Sinais. Cada país possui a sua. De acordo com a Lei 10.436/2002 ela possui o mesmo status que o português. A estrutura da língua de Sinais é totalmente diferente do português, não existe tempo verbais ou artigos. Utiliza-se todo o corpo na comunicação com a LIBRAS.

Muitos surdos não compreendem bem o português

A LIBRAS é a língua materna do surdo. Portanto, eles possuem dificuldade para ler e escrever o português. Isso se justifica pela incapacidade de aprender através da fonética e som, a aquisição de linguagem tardia, ou mesmo, a diferença da estrutura gramatical da língua de sinais e do português.
Exemplo:
Língua portuguesa: “Eu vou para casa”
LIBRAS: “casa vou”

A expressão correta é surdo-mudo

O correto é dizer SURDO! Casos em que a pessoa é surda e muda são raros. Muitos surdos por não ouvir acabam não desenvolvendo a fala, mas seu aparelho fonador funciona corretamente. Alguns deles optam pela oralização e com o acompanhamento de um profissional fonoaudiólogo aprendem a falar.

Libras não é apenas alfabeto manual

O alfabeto manual é um empréstimo linguístico usado na maioria das vezes em alguns casos específicos. A Libras tem seus parâmetros.

Setembro Dourado

Para fechar com chave de ouro, a campanha Setembro Dourado chama a atenção para uma outra preocupação. Nos alerta sobre o câncer de crianças e adolescentes. Mostrando assim aos gestores e políticos a necessidade de realizar ações em prol do combate da doença.

A oncologista pediatra Glaucia Perini Zouain Figueiredo explica que o diagnóstico precoce é muito importante, quando de trata de crianças. “Para os adultos, podemos fazer campanhas de prevenção ao câncer, mas com as crianças isso não é possível”, afirma ela.

A médica ainda lembra que a leucemia é o tipo de câncer mais comum dessa faixa etária. E quanto mais cedo identificar a doença, mais chances de cura existem. “Cada doença tem seu índice, mas em alguns casos a probabilidade de cura é de 100%”, disse.

É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos. Pois os sinais dessas doenças podem se confundir com sintomas que aparecem normalmente nas crianças. Como por exemplo palidez, manchas roxas na pele e sangramentos no nariz. No entanto, se esses sintomas aparecem sem precedentes, é indispensável uma consulta médica.

Uma recomendação da médica é que os pais levem a criança ao médico mais de uma vez, caso os sintomas persistam. De acordo com ela, em uma primeira consulta pode não ser identificada a suspeita de câncer. “Se trata de doença infrequente, com sinais ou sintomas comuns a doenças benignas muito mais prováveis”, relata.

Fonte: Adaptação Folha Vitória

 

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