Manutenção preventiva e cuidados
O sistema de arrefecimento é responsável por manter o carro a uma temperatura ideal de funcionamento – sempre na faixa dos 90º Celsius. Função importante, pois o motor esquenta muito com todas as explosões da queima do combustível. É responsabilidade do sistema de arrefecimento manter o propulsor frio o suficiente para que as peças não derretam. Mas não frio demais a ponto que o carro não funcione direito.
Composição
O sistema é composto por:
- mangueiras
- radiador
- ventoinha
- bomba d’água
- vaso de expansão
- válvula termostática
- E por um líquido, composto 50% por água desmineralizada e 50% por aditivo a base de etileno glicol. A água desmineralizada pode ser comprada separada do aditivo – também há a opção de comprar a mistura pronta.
Funcionamento do sistema
O líquido percorre a parte interna do motor, sem entrar em contato com seus componentes de combustão, até chegar ao radiador. Por lá, a mistura, que ficou quente, transfere o seu calor para o ar. Toda essa movimentação é feita através de mangueiras e quem controla esse fluxo é a válvula termostática: ela bloqueia a “água” quando o motor esfria e libera quando o motor ultrapassa determinada temperatura. Quem coloca o líquido em movimento pelo sistema é a bomba d’água. Quando o carro está desligado, todo o líquido fica alojado no vaso de expansão (que é a peça plástica que você usa para checar se o nível do líquido está correto). A ventoinha também ajuda a retirar o calor do motor, direcionando ar para dentro do motor exatamente como um ventilador.
Tipo mais comum de sistema de arrefecimento
O mais comum é o sistema de arrefecimento de fluxo fechado e pressurizado, que não deixa a água evaporar. Na década de 80, o mais comum era o sistema aberto, que exigia repor a quantidade de líquido, que evaporava.
Troca de peças e manutenção
Tirando o líquido, as peças só devem ser trocadas quando realmente estragarem. O fabricante determina quando o fluido deve ser substituído, mas o tempo médio é de dois anos e meio, independente se o motorista vai muito pra estrada ou mantém o motor em temperaturas quentes por muito tempo. Também vale a pena ficar atento às mangueiras do sistema, que podem ressecar e ficar danificadas. Sempre que isso acontecer, faça uma checagem de todo o sistema na oficina para ver se mais algum componente pode ter sido afetado.
Problemas mais frequentes
Os problemas mais recorrentes são: bomba d’água que vaza, mangueira que não suporta a pressão do dia a dia e rasga, radiador que quebra quando há alguma colisão frontal e reservatório de expansão de plástico que racha. Desses, apenas o radiador pode ser reparado, as demais peças precisam ser trocadas.
Cuidados com o sistema de arrefecimento
Abasteça o sistema sempre com o líquido certo (aditivo + água desmineralizada). É importante lembrar que colocar apenas água da torneira, ao invés da mistura com os fluídos específicos, pode danificar o veículo. O líquido correto altera o ponto de ebulição e congelamento da água, o que evita que a ela ferva ou congele. A composição também evita a oxidação das peças. Água da torneira deve ser usada apena se for uma emergência para chegar a uma oficina de manutenção.
Também é essencial verificar o nível do líquido uma vez por semana. Mas nunca abra o vaso de expansão com o carro ligado ou logo depois que o motor parou de funcionar. Evite abrir o reservatório – ele é transparente justamente para facilitar a checagem do nível. Se a água estiver baixa, ou seja, não estiver no nível máximo com o motor frio (o que fica indicado com uma marcação na própria peça), leve o veículo na oficina.
Outra dica é: não faça a troca do líquido em casa ou em um lugar que você não confie. Durante a troca do aditivo, é recomendável limpar os componentes do sistema e drenar a composição, ações que demandam certo conhecimento.
Sintomas quando há problemas
O marcador de temperatura acende no painel de instrumentos. Também pode haver vazamento de água azulada ou avermelhada no chão. Se você escutar a ventoinha do carro ligando com muita frequência por muito tempo, também pode ser um sintoma de problema.
Riscos de utilizar o carro com o sistema de arrefecimento quebrado
A primeira peça que geralmente derrete é a junta do cabeçote, que liga o cabeçote ao motor. O cabeçote é a parte superior do motor, que fecha os cilindros e forma parte da câmara de combustão. O principal risco é fundir o motor, se o motorista insistir muito em andar com o carro quente. Não se deve insistir em andar com o carro nessas condições, pois os danos só pioram.